31 de Janeiro, começou a P89. A base do movimento começa aí, em cada reunião de equipa, na nossa equipa base. Foram 9 anos de reuniões, de tanto bem recebido, e de um encontro grande com Jesus, levados ao colo de Nossa Senhora.
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Equipa base da Teresinha, P89
Foram muitas partilhas, pontos de esforço e tornamo-nos verdadeiramente amigos no Senhor.
Sentimos a casa do nosso casal, Mariana e Tiago Guimarães, uma porta aberta e um aconchego, sempre com uma palavra amiga e cuidado de pais. Encontrámos neles um testemunho muito bonito de como viver a vocação laical e do matrimonio. Tivemos também por perto o Pe. Zeca sj, que nos mostrou a vocação ao sacerdócio e foi sempre um bom conselheiro que nos ajudou a discernir e a conhecer como Deus nos fala dessa forma.
Na primeira reunião, o meu casal de equipa disse “Não há outra forma de vivermos o compromisso com as equipas do que estar a 100%”. E foi isso que fui fazendo ao longo deste caminho. Escutando os desafios de Deus e ir discernindo sobre o que fazer.
Um dos desafios que vale a pena contar-vos foi a minha primeira peregrinação em Maio de 2014. Muito provavelmente dos momentos mais bonitos que vivi nas equipas: pela novidade e pelo colo de Deus.
No final de uma das reuniões, o Zémi, o meu piloto desafiou-nos a fazer a peregrinação de Maio. E logo aí fiquei a pensar ir… mas havia coisas que me faziam dizer que não – era a meio da semana da queima das fitas (uma semana muito divertida para a malta do Porto), o Porto era um sector pequenino e não conhecia mais ninguém para além do piloto…
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Equipistas na primeira peregrinação da Teresinha nas EJNS
Mesmo assim, sentia uma espécie de confiança em que talvez Jesus quisesse que eu fosse e afinal era assim que se era equipista a 100%, porque as EJNS são mais do que a nossa reunião de equipa.
Decidi inscrever-me. E quando faltavam dois dias para o arranque da peregrinação, começaram os primeiros desafios – não tinha recebido o email da peregrinação (não sabia horas, locais e ainda tinha de ligar ao responsavel da peregrinação) e pior ainda – o Zémi ficou doente. Por isso, apetecia-me ZERO ir.
Deus, sempre generoso, enviou-me umas doses extra de coragem e apanhei um autocarro que me deixou na Batalha, onde o Pi Gaivão (carro de apoio – nossa salvação) apanhou-me e literalmente passado 5minutos parou o carro ao pé do grupo e disse-me “Pronto agora é saíres aqui e faz amigos!”
“Como assim?!! Onde é que eu me vim meter?! Quero fugir já daqui” – era um bocadinho do que repetia na minha cabeça. Só que, mais uma vez, Deus, cheio de cuidados e detalhes, deu-me sinais de como estava ao meu lado e não estava esquecida – cheguei ao mosteiro da Batalha e estava a equipa de espiritualidade a dar tema e a falar sobre “CORAGEM”.
Nesta peregrinação, além destes detalhes, houve um momento em que numa capelinha azul-bebé em Porto de Mós, o Pe. Nuno Amador explicava que a alegria de Jesus era diferente da alegria do mundo – a alegria de Jesus não passa rápido. Permanece, consola e dá-nos ânimo. A felicidade do mundo é tipo a coca-cola, sabe bem mas depois de aberta perde o gás e o sabor. Na minha amizade com Jesus, isto é profundamente marcante. E ainda hoje, quando faço uma oração de memória desta alegria – fico profundamente consolada e comovida.
Nestes dias de Maio, também vivi uma das melhores coisas que as equipas nos dão – os amigos.
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Último secretariado de que a Teresinha fez parte
Em todos os anos das equipas, vivi de forma muito forte as amizades – grandes amigos que me acompanharam em tantos fins de semana, atividades, reuniões de secretariados. Amigos à séria – amigos para a vida. Que hoje, já sem nos encontrarmos nas noites de oração ou nos encontros nacionais – nos reunimos nas mesas das nossas casas a rir das histórias que marcaram estes anos.
Ao longo dos anos, também me foram pedidas algumas responsabilidades no movimento. Com estes desafios percebi que sem a oração e um desejo de um profundo encontro com Jesus, rapidamente as noites de oração e as reuniões passariam a ser uma logística e mais uma atividade na agenda. Isto é importante: as responsabilidades nas Equipas devem sempre conduzir-nos à oração. (como dizem os nossos documentos)
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“Nas EJNS, todas as responsabilidades devem conduzir-nos à oração”
Nos últimos tempos de responsabilidade, voltei a ter um grande desafio, com uma exigência muito grande de tempo e disponibilidade. Foi através da minha fragilidade, que Deus me mostrou até ao fim, que este caminho faz -se sempre sempre em equipa. Uma equipa entre Deus e eu. Um movimento onde a experiência de equipa leva-nos a Deus.
Curiosamente, em Roma, o nosso querido Papa Francisco disse-nos isso também e sintetizou aquilo que para mim foi muito deste caminho vivido a 100%:
“ Vós fazeis experiência de equipa, de grupo. Isto é um dom, não é um dado adquirido! Fazer parte de uma comunidade, de uma família de famílias que transmite uma fé vivida é um grande dom! Ninguém pode dizer: “Salvo-me sozinho”. Não. Estamos todos em relação, para aprender a fazer equipa. Deus quis entrar nesta dinâmica de relações e atrai-nos a si em comunidade, dando à nossa vida um sentido pleno de identidade e de pertença (cf. Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate, 6). Porque o Senhor salva, integrando-nos num povo, o seu povo. Não permitais que o mundo vos faça crer que é melhor caminhar sozinho. Sozinhos, podereis conseguir algum êxito, sim, mas sem amor, sem companhia, sem pertença a um povo, sem aquela experiência inestimável que é sonhar juntos, arriscar juntos, sofrer juntos e festejar juntos.”
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Encontro Internacional das Equipas
Guardo com imensa alegria estes anos das EJNS, agradecida por ter sempre vivido a 100% o movimento e desafio-vos a arriscarem peregrinar sozinhos porque nas equipas vão sempre encontrar companhia (de amigos e de Jesus!).
Leiam aqui o texto todo do Papa Francisco às nossas Equipas! Vale a pena- Aos participantes do Encontro Internacional das “Equipas de Jovens de Nossa Senhora” (6 de agosto de 2022) | Francisco (vatican.va)