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Constança Correia de Campos de Melo Ramos

A Constança é equipista da C96, mas vive em Sintra (não confundam as coisas!). Está no segundo ano de Enfermagem e diz que o momento mais constrangedor da sua vida foi a apresentar uma noite de fados das EJNS! Faz parte do Secretariado da Expansão Centro e Sul e se quiserem descobrir qual a região liguem-lhe!

“Façam o favor de ser felizes!”

Todos nós já ouvimos falar de castidade, mas que tema é este da teologia do corpo? Que tem de tão fascinante? O padre Paulo Araújo veio-nos falar um bocadinho sobre isto, e através do seu testemunho, e de umas piadas à mistura, cativou qualquer um que estava naquela sala e fez-nos a todos querer saber mais. 

Em primeiro lugar, Deus criou-nos para a felicidade. Não nos criou para vivermos tristes, mal-encarados, mas sim, para sermos felizes. E para que isto possa, de facto, acontecer, Deus criou-nos para amar. “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho.” 

Todos desejamos, no mais íntimo de nós mesmos, ser felizes! Isto é óbvio. O senhor do autocarro quer ser feliz, a velhinha que sai à rua todos os dias à mesma hora, quer ser feliz, os nossos pais e amigos também querem ser felizes, é algo inerente ao ser humano. E, olhando para o mais profundo do nosso coração, percebemos que não o conseguimos ser, sem realizarmos em nós este desejo de amar e de ser amados. E isto está gravado no nosso coração, no nosso corpo e, por isso, na nossa sexualidade. 

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança! Gravou em cada um de nós, no nosso corpo, aquele que é o seu projeto, o seu sonho para as nossas vidas – a nossa felicidade. 

Mas a verdade é que o ser humano faz também uma experiência de solidão, e foi por isso que Deus, ao criar o homem lhe deu uma companheira. Deus olha para ele e diz “não é bom que o Homem esteja só”. Como todos sabemos, um marido precisou da sua esposa para ser pai, e consequentemente a esposa precisou do seu marido para ser mãe. É aqui que os dois se dão um ao outro, a um outro que é diferente de si, mas que lhe é complementar, e esta mesma diferença é o que nos faz avançar e com isto ser mais homem e mais mulher. Se pensarmos bem, que beleza tem este mistério!

“Sede fecundos e multiplicai-vos!”

A primeira missão de um casal – ser fecundo – passa por se amarem de tal forma, que o seu amor manifeste e revele Deus. Quem olha para eles, deve conseguir perceber que Deus é Amor. Isto é a fecundidade. Então, só alcançamos esta felicidade de que falava acima, quando amamos e damos a vida, tal como Jesus nos ama e dá a vida por nós na Cruz.  

A segunda missão – multiplicai-vos – tem a ver com o facto de que Deus quer gerar vida, não apenas através do casal, mas com o casal, o que não depende necessariamente da quantidade de filhos, nem se esgota aí, mas liga-se também à fecundidade do casal. O que acontece sempre que o amor entre um homem e uma mulher se vira para fora e se dispõe ao serviço. 

Assim, através do amor do casal e do dom que cada um deles faz de si mesmo ao outro, o amor de Deus pode transbordar. “Deus fez o ser humano sexuado, e a alegria do dom da relação sexual é o que nos faz antever melhor a alegria do Céu.” Este dom é uma comunhão íntima do corpo e da alma. 

O Padre Paulo disse-nos também que é necessário preparar esta união, e propôs-nos viver o namoro através do que chamou os 3D: 

  • Dificuldade (o namoro não é sempre um mar de rosas, há dificuldades que surgem com o passar do tempo);
  • Dona Prudência (a velhinha que tem sempre qualquer coisa a dizer); 
  • Deus (um namoro em que Deus está realmente presente, não basta rezar uma Avé Maria de vez em quando em conjunto).

Esta vivência de dom mútuo que o amor humano é chamado a ser, nem sempre corre bem. E o problema costuma começar quando duvidamos de que a vontade de Deus é sempre boa, em si mesma, e para nós. Perguntas como, “mas que mal tem?” ou “porque é que a Igreja diz isto?”, “porque não pode ser assim?”.

Com efeito, a partir do momento em que temos dúvidas sobre aquilo a que Deus nos chama, e questionamos a sua vontade, passamos nós a querer determinar, sem Deus, aquilo que é bom, e aquilo que é mau. Abre-se uma cisão no nosso coração deixando o pecado comandar as nossas vidas. 

O nosso orador falou-nos a este propósito de quatro consequências do pecado: 

  • Rotura no nosso corpo – deixamos de olhar para o corpo como algo de belo, mas olhamos através de um olhar desfigurado. O pecado leva-nos a achar que não somos suficientemente bons, e a querer esconder o nosso corpo como consequência desta insegurança. A isto somos chamados a responder com a ideia de que o corpo nos foi dado como algo belo que, precisamente pela sua beleza, foi criado para o dom e não para a vergonha, não somos reduzidos a uma parte do corpo.
    • Medo de Deus – sobretudo quando pecamos, quando a nossa consciência nos acusa de que algo não é bom, somos levados a pensar que Deus nos castiga, ou até que já não nos ama. Por outro lado, podemos ter medo de ser chamados a um desafio mais exigente, particularmente nas nossas idades jovens: “Senhor, faz de mim o que quiseres”. Ui calma aí! Não sei se quero! 
      • O homem torna-se acusador. – De quem é a culpa? Acusamos tanto a Deus! Tantas vezes dizemos esta frase tão banal “que mal fiz eu a Deus?”, aqui, inconscientemente ou não, culpamos a Deus. Usamos várias desculpas como a culpa é do sistema, é do outro… no fundo, para nos desculparmos a nós próprios, acusamos o outro. 
        • Rutura na relação – A chamada “guerra dos sexos”, surge então uma necessidade de querer vencer o outro. O homem e a mulher procuram dominar-se entre si, de diferentes maneiras, obviamente, mas muitas vezes querem estar acima, ser melhores que o outro. Nos dias de hoje, perde-se constantemente o conceito de mulher e de homem. Foi-nos gravado no coração que fomos feitos para o dom, não para competir, ou coisa semelhante. Nada disto faz parte do projeto de Deus.

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