União entre setores, entre equipas, entre secretariados, pilotos, casais, responsáveis, padres e equipistas. Criar uma união cada vez mais visivel deste nosso movimento. Profissionalismo em tudo o que se organiza, se planeia e se prepara ao longo do ano, ao invés da preparação desleixada, “às três pancadas”. Nivelar por cima, nunca por baixo! Não nos resignarmos a algo menos bom só porque achamos que é o “normal”. Ser normal não equivale a ser bom, nem impede de algo ser melhor.
Foram estas as diretrizes do chamado “CAS” (Convívio Anual de Secretariados). Um fim de semana onde todos os secretariados das EJNS Portugal se reunem em trabalho e oração.
O fio condutor que ligou isto tudo teve o nome de “inovação”. A mudança que acresenta valor. É isso a inovação, seja que valor for. Nas EJNS falamos de um valor mais profundo, medindo-se no quão apoiamos o caminho de um equipista até Deus. A inovação no nosso movimento tem de ser, então, a criação de mudanças que facilitem este caminho.
Tivemos oportunidades práticas de inovação, começando pela mistura inter-secretariados que existe logo à partida. Uma oportunidade para se perceber a forma como o resto do país equipista trabalha. Quais os diferentes métodos, ideias, sucessos e insucessos dentro dos vários setores. Uma partilha que se faz tanto à base das conversas naturais que surgem durante o fim de semana, como nas atividades preparadas, como uma tarde onde fomos divididos por vários “secretariados”, compostos de membros de vários setores, para resolver um dado problema real e atual.
Houve também testemunhos de inovação. Manuel Theotónio, criador do jogo “O Salto”, entre outros projetos empreendedores, vem-nos falar da importância de não só ter ideias, mas agir sobre elas, acompnahado de métodos práticos para tal. Deu ênfase ao não ter medo de falhar, de arriscar, de testar ao máximo, desde que com o objetivo certo em mente, nunca “inovando por inovar”.
Fomos também presenteados com uma formação SPC (Serviço de Proteção e Cuidado). “Regras de comportamento para pessoas ultra-sensíveis e sem senso comum”…achava eu…erradamente. O debate saudável que esta formação gerou no CAS é prova de que não é consensual a forma como devemos tratar o outro. É possível “mal-tratar” sem nos aperceber. Se queremos ser melhor como Igreja e ser mais como Cristo, que tenhamos a humildade de assumir que podemos ser melhores uns para os outros. Porque para além de regras e regulamentos, o SPC tenta tornar mais prático a pergunta de “o que é que Jesus faria?”. É uma inovação na consciencialização da relação humana.
A inovação requer abertura. Requer o questionar de tudo, a não tomar nada como garantido ou permanente, a estar num brainstorm constante em que nenhum tema escapa e onde qualquer ideia é bem-vinda. E nós somos um movimento que não quer ter medo de se renovar, de testar, de experimentar, de inovar. Para criar uma maior união, para profissionalizar o nosso trabalho e de querer sempre nivelar por cima, dando aos equipistas o melhor que possamos oferecer. E sempre com o foco num objetivo maior: a aproximação dos equipistas a Deus através de Nossa Senhora.