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Sexta-feira da 1ª Semana do Advento

Não precisamos de ocasiões para amar!

As sextas-feiras da nossa proposta para rezar o advento serão todas elas dedicadas à caridade. No Evangelho do domingo que passou, fomos convidados a vigiar. De facto, não sabemos nem o dia nem a hora, mas sabemos que a caridade não tem dia nem hora: toda a nossa existência é vocação ao amor, não precisamos de esperar por ocasiões para amar!

A caridade é o dom que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão. O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade.” Papa Francisco

Mike Moyers, The Visitation

Do Evangelho Segundo São Lucas (Lc 1, 39-45)

Por aqueles dias, Maria levantou-se, foi apressadamente para a montanha, para uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. E aconteceu que, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Levantando então a voz com um forte brado, disse: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! De onde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Eis que, quando chegou a voz da tua saudação aos meus ouvidos, criança saltou de júbilo no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, porque se consumará o que lhe foi dito da parte do Senhor!».

Reflexão

Ouvir outra vez estas palavras leva-nos imediatamente para os dias quentes e felizes do mês de Agosto. “Meu querido, mês de Agosto”, já dizia Dino Meira. O que trazemos destes dias que nos podem ajudar hoje na caridade? Já nos esquecemos? Como é que a nossa vida hoje, numa sexta-feira de frio que em nada se assemelha à alegria daqueles dias, pode ser testemunho do que vivemos?

Maria levantou-se….

«Depois da Anunciação, Maria teria podido concentrar-se em si mesma, nas preocupações e temores derivados da sua nova condição; mas não! Entrega-se totalmente a Deus! Pensa antes, em Isabel. (…) Apesar do inquietante anúncio do Anjo ter provovado um “terramoto” nos seus planos, a jovem não se deixa paralisar, porque dentro d’Ela está Jesus, poder de ressurreição. (…) Levanta-se e põe-se em movimento, porque tem a certeza de que os planos de Deus são o melhor projeto possível para a sua vida. Maria torna-se exemplo de Deus da imagem da igreja em caminho, a Igreja que sai e que se coloca ao serviço, a Igreja portadora da Boa Nova. (…) A Mãe do Senhor é modelo dos jovens em movimento, jovens que não ficam imóveis diante do espelho em contemplação da própria imagem, nem “alheados” nas redes. Ela está constantemente projetada para o exterior.» Papa Francisco

…e partiu apressadamente

« (…)Maria partiu apressadamente para a montanha, porque estava (…) desejosa de prestar um serviço, com o entusiasmo que lhe vinha da alegria interior. Agora, cheia de Deus, para onde poderia apressar-se se não em direção ao alto? (…) A pressa de Maria é ditada pela solicitude do serviço, (…) duma pronta resposta à graça do Espírito Santo. (…) Quais são as “pressas” que vos movem, queridos jovens? (…) Os nossos passos, se habitados por Deus, levam-nos diretamente ao coração de cada um dos nossos irmãos e irmãs.» Papa Francisco

Uma pressa boa impela-nos sempre para o alto e para o outro

«Já aconteceu a muitos de nós sentir que, inesperadamente, Jesus vem ao nosso encontro (…). Mas sentimos também que, a Jesus não Lhe bastava olhar-nos de longe, mas queria estar connosco, queria partilhar a sua vida connosco. A alegria desta experiência suscitou em nós a pressa de O acolher, a urgência de estar com Ele e conhecê-lo melhor. (…) É tempo de voltar a partir apressadamente para encontros concretos, para um real acolhimento de quem é diferente de nós (…) Só assim superamos a distância entre gerações, entre classes sociais, entre etnias, entre grupos e categorias de todo o género, e superamos também as guerras. Os jovens são sempre a esperança de uma nova unidade para a humanidade fragmentada e dividida.» Papa Francisco